RESUMO

Este estudo investigou as percepções, práticas e desafios enfrentados por professores de Educação Física na inclusão de alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) em escolas públicas municipais de Caucaia, Ceará. A pesquisa combinou revisão bibliográfica e pesquisa de campo com 28 professores, utilizando questionários estruturados para abordar formação docente, estratégias pedagógicas, infraestrutura e políticas públicas inclusivas. Os resultados revelaram que, embora a maioria dos professores tenha formação em licenciatura, 67,9% não receberam capacitação específica sobre TEA, dificultando práticas inclusivas eficazes. Estratégias como adaptações de regras, recursos visuais e trabalho em grupo são empregadas, promovendo socialização (85,7%), desenvolvimento motor (67,9%) e confiança (64,3%) dos alunos. Contudo, desafios como formação insuficiente (67,9%), infraestrutura inadequada (60,7%) e resistência de colegas (35,7%) foram relatados. Além disso, 67,9% apontaram limitada participação familiar no processo de inclusão. Os professores destacaram a necessidade de formação continuada (85,7%), materiais adaptados (67,9%) e parcerias com profissionais da saúde (67,9%) para aprimorar a inclusão. Avaliações das políticas públicas indicaram pouca eficiência (67,9%), ressaltando a necessidade de maior investimento em infraestrutura e suporte pedagógico. Conclui-se que, apesar de avanços, barreiras significativas ainda limitam a inclusão de alunos com TEA. O estudo reforça a importância de formação docente contínua, apoio institucional e participação comunitária para garantir uma educação inclusiva de qualidade, oferecendo subsídios valiosos para práticas mais equitativas e acessíveis.

 

Palavras-chave: Educação Inclusiva. Transtorno do Espectro Autista. Educação Física. Formação Docente. Políticas Públicas.

MOVIMENTO E INCLUSÃO O PAPEL DA EDUCAÇÃO FÍSICA NA INTEGRAÇÃO DE ALUNOS COM TEA NO FUNDAMENTAL